Glúten é uma proteína presente em cereais como trigo, centeio, malte e cevada. Quando combinado com água, forma um tipo de gel que confere elasticidade a alimentos como pães, massas e biscoitos. No entanto, algumas pessoas não conseguem digerir bem o glúten, levando a sintomas como distensão abdominal, diarreia e perda de peso.
A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pelo glúten. Ela afeta o intestino delgado e pode causar atrofia da mucosa intestinal, prejudicando a absorção de nutrientes e sais minerais. Os sintomas variam, mas incluem dor abdominal, diarreia, fraqueza, anemia e lesões de pele. É importante lembrar que a doença celíaca não se restringe apenas ao sistema gastrointestinal; ela também pode afetar outros órgãos e sistemas do corpo.
Existem três tipos de doença celíaca:
1. Clássica: Mais comum na infância, apresenta sintomas como diarreia, desconforto abdominal, vômito e perda de peso.
2. Não clássica: Pode causar fadiga, anemia, irritabilidade, manchas no esmalte dos dentes, enxaquecas e osteoporose.
3. Assintomática: Não apresenta sintomas evidentes, mas causa lesões no intestino.
Os sinais de alerta para pensar na doença celíaca incluem:
Já a sensibilidade ao glúten não celíaca se diferencia da doença celíaca por não apresentar os marcadores específicos (autoanticorpos) e o dano ao intestino delgado (atrofia, vista na endoscopia com biópsias), embora ambas envolvam reações ao glúten. Na sensibilidade ao glúten, os sintomas podem incluir inchaço, desconforto abdominal, diarreia, fadiga, dor de cabeça e lesões na pele após o consumo de alimentos com glúten. O diagnóstico é feito por exclusão, após descartar a doença celíaca e alergia ao trigo.
Se você ou alguém que conhece apresenta esses sintomas, é importante procurar um gastroenterologista para avaliação e possível diagnóstico. Não retire o glúten da dieta sem indicação médica, você pode dificultar um diagnóstico correto.