18 Apr
18Apr


Trata-se de uma doença inflamatória crônica imunomediada do esôfago.  

Alérgenos alimentares e aero alérgenos, em pacientes geneticamente predispostos, desencadeiam recrutamento de eosinófilos para o esôfago. 

Também estão envolvidas nesse processo inflamatório (Th2) as interleucinas IL4 e IL13, daí a relação com outras doenças alérgicas (ex. rinite, asma). 

A inflamaçao crônica gera endurecimento das paredes do esôfago e estreitamento. Por isso, diagnóstico e tratamento precoces são importantes.


A prevalência da esofagite eosinofílica tem aumentado, atingindo crianças e adultos. 

Os sintomas nos adultos são dificuldade para engolir, entalos, impactação alimentar, dor torácica, azia, refluxo. 

O diagnóstico é firmado pela endoscopia com biópsias do esôfago, que evidenciam pelo menos 15 eosinófilos intraepiteliais/ campo de grande aumento. 

Na suspeita clínica, sempre biopsiar. A endoscopia pode ser normal em até 10% dos casos iniciais, atrasando o diagnóstico.


A abordagem terapêutica da esofagite eosinofílica nos adultos se resume em “3 Ds”:

  • Dieta com exclusão de 6 alimentos: leite (aqui não é lactose), trigo, ovo, soja, amendoim/castanhas (nuts) e peixe/frutos do mar. Alternativa é retirada apenas de leite e trigo, com resposta similar.
  • Drogas (medicações): inibidor de bomba de prótons (ex omeprazol) e corticoide tópico (inalatório deglutido).
  • Dilatação endoscópica de estreitamento.

Em 2023, foi aprovado pela Anvisa mais um medicamento para a doença, o dupilumabe. Trata-se de anticorpo que interfere na via das IL-4 e IL-13. Apenas para > 12anos e >40kg.